Lula cobra punição após racismo contra jogador do Palmeiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou que as entidades de futebol tomem providências e punam os responsáveis ​​pelo incidente racista sofrido pelo jogador do Palmeiras Luighi durante partida da Libertadores Sub-20 em Assunção.

“Total apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, que foi vítima de um ato racista no Paraguai. Futebol é trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo é fracasso da humanidade. Chega de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência que fere a dignidade e a esperança da nossa juventude. FIFA, Conmebol e CBF precisam agir e responsabilizar os responsáveis ​​de forma exemplar”, disse o presidente em publicação na rede social X.

Lula já se manifestou em casos anteriores, como a perseguição ao jogador do Real Madrid Vinicius Júnior por torcedores espanhóis.

O presidente reforçou a posição do governo sobre o combate ao racismo e outras formas de preconceito.

Entenda o caso
O jogador Luighi, da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi alvo de insultos e gestos racistas de torcedores do Cerro Porteño enquanto comemorava um gol na partida entre os times pela Copa Conmebol Libertadores Sub-20, na capital paraguaia.

O time paulista venceu a seleção paraguaia por 3 a 0.

Em entrevista à imprensa após o jogo, o atacante se emocionou e perguntou “até quando” ações como essa ficarão impunes. Ele direcionou a pergunta aos repórteres que não mencionaram o episódio durante a entrevista após o jogo. O jogador também cobrou uma posição da Conmebol, organizadora da competição.

“O que a Conmebol vai fazer sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”, disse o atleta.

“Dói na alma. E é a mesma dor que todos os negros sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O incidente de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como o que é: um crime. Até quando? é a pergunta que espero que nunca precise ser feita. Por enquanto, seguiremos lutando”, disse Luighi nas redes sociais.

Exclusão do Cerro Porteño
Também nesta quinta-feira (6), a Conmebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestaram contra atos racistas e afirmaram que “repudiam categoricamente qualquer ato de racismo ou discriminação de qualquer natureza” e que “medidas disciplinares cabíveis serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”.

A CBF disse que “enviou uma denúncia à Conmebol nesta sexta-feira (7) pedindo a punição da torcida e a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20”.

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